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A Narrativa do Boi

A história que inspira festejos por todo o Brasil narra as aventuras de Pai Francisco e sua esposa, Mãe Catirina que, grávida, deseja comer língua de boi. Para satisfazer os desejos da mulher e garantir a saúde do filho, Pai Francisco mata o melhor boi da fazenda, despertando a ira do patrão.

O senhor da fazenda ameaça pai Francisco de punição: se não tiver seu melhor boi de volta em um dia, Pai Francisco e toda a família sofrerão consequências trágicas. Graças à intervenção divina, Pai Francisco e Mãe Catirina conseguem um verdadeiro milagre: fazem reviver o boi, originando m uma das mais famosas festas folclóricas de todo o país.

Celebrado por todo o Brasil, o boi, em cada região, tem suas variações, assumindo diferentes nomes, ritmos, formatos, indumentárias e personagens.

Topo Bois

O Folguedo Pelo Brasil

  • No Maranhão, Alagoas e Piauí é chamado Bumba Meu Boi;
  • Em Pernambuco e no Rio Grande do Norte, é chamado Boi-calemba ou Bumbá;
  • No Ceará, é Boi de Reis, Boi-surubim e Boi-zumbi;
  • Na Bahia, é Boi-janeiro, Boi-estrela-do-mar, Dromedário e Mulinha-de-ouro;
  • Em Minas Gerais, Rio de Janeiro é Bumba, Boi Mofado, Folguedo-do-boi;
  • No Espírito Santo é Boi de Reis;
  • Em São Paulo é Boi-de-jacá e Dança-do-boi;
  • Na paraíba é chamado de Cavalo Marinho;
  • No Paraná, em Santa Catarina, é Boi-de-mourão ou Boi-de-mamão;
  • No Rio Grande do Sul é bumba, Boizinho ou Boi-mamão;
  • No Pará, Rondônia e Amazonas, é Boi-bumbá.

Em algumas regiões, Pai Francisco é apresentado como escravizado… Em outras, é um vaqueiro. Ele também pode se chamar Chico ou Mateus e Mãe Catirina pode ser Catarina. Também conforme a localidade, quem investiga o sumiço do boi é o delegado ou o vaqueiro chefe… E, quem procura por Chico são os capangas do coronel ou os indígenas. Quem ajuda o boi a reviver é um Médico, um Padre ou um Pajé.

O Ritual da Amazônia

Em Parintins, o coração é azul e vermelho… E bate no ritmo alucinante dos animais mais festejados: os bois do ritual da Amazônia!

A cada ano, a cidade é palco de um evento inesquecível… Que dá ritmo e majestade ao Bumbódromo, onde os bois Caprichoso e Garantido disputam o coração de milhares de torcedores. Seis mil brincantes vibram ao som das toadas, exaltando a natureza com coreografias, ritmos e elementos visuais que traduzem o entusiasmo da população local pelos mistérios da maior floresta do mundo.

Boi Garantido

Garantido

O Boi Garantido é branco com um coração vermelho na testa. Nasceu em 1913, na antiga Estrada Terra Santa, na Baixa do São José. O pequeno Lindolfo Monteverde, então com 11 anos, ouvia várias histórias do seu avô. Uma delas falava sobre um boi que dançava para divertir adultos e crianças. Inspirado, Lindolfo criou uma armação coberta com tecido e saiu brincando com o seu “Boi Bumbá”. 

Anos mais tarde, Lindolfo adoeceu e fez uma promessa a São João Batista: Se ficasse bom, seu boizinho não deixaria de sair na rua enquanto fosse vivo. Desde então, todos os anos, do dia 30 de abril para o 1º de maio, os brincantes saem pelas ruas de Parintins declarando que as festividades já começaram.

Caprichoso

O Boi Caprichoso é preto com uma estrela azul em sua testa. Foi fundado em 1913 por Roque da Silva Cid que a época contava 33 anos. Natural da cidade de Crato – CE, Roque chegou à cidade de Parintins em meados de 1897.

Após ouvir o amigo José Furtado Belém falar sobre uma festa do boi que tinha visto na Praça 14, em Manaus, Roque e seu irmão Antônio Cid reuniram amigos para uma grande brincadeira. Com o passar do tempo, a celebração ganhou notoriedade e ficou conhecida na história do Boi-Bumbá de Parintins.

Boi Caprichoso

A Disputa

Durante três noites, o fascinante embate acontece no Centro Cultural de Parintins, popularmente chamado de Bumbódromo, uma arena em formato estilizado de uma cabeça de boi. Com capacidade para 25 mil espectadores, a arena é palco da disputa entre os bois Caprichoso e Garantido que se alternam em cena, propiciando mais de 4 horas diárias de deslumbramento. Mais de 2.500 brincantes de cada boi com fantasias, adereços, coreografias, alegorias e toadas diferentes criam uma festa diferente a cada noite. Fogos de artifícios, efeitos eletrônicos, shows de laser, sofisticadas engrenagens e gigantescos carros alegóricos colaboram para fazer desta uma das mais belas festas do mundo.

Personagens do Boi-Bumbá de Parintins

Porta Estandarte:
O símbolo do Boi em movimento. Com garra, desenvoltura e muita simpatia, ela dança com o estandarte que leva o símbolo e as cores do boi-bumbá.

Cunhã-Poranga:
A índia mais bonita da tribo. Com espírito guerreiro, expressa em sua dança os sentimentos de amor e paixão. Sua beleza traduz toda a singularidade da mulher nativa da Amazônia.

Rainha do Folclore:
A representante da manifestação popular exalta o respeito à natureza e leva aos espectadores a magia de brincar de boi em sintonia com a diversidade cultural da floresta.

Pajé:
Curandeiro, xamã e sacerdote, ele é o ponto de equilíbrio das tribos. Encena os ritos e as lendas indígenas. No auto, é ele quem ressuscita o boi que teve a língua cortada pelo pai Francisco atendendo o desejo de mãe Catirina.

Amo do Boi:
O dono da fazenda. É ele quem mantém viva a tradição da festa com a rivalidade atrás da poesia em forma de versos. Sua figura emblemática foi inspirada na herança nordestina do repente e do improviso.

Sinhazinha da Fazenda:
A filha do dono da fazenda. Em sua apresentação, ela exibe uma indumentária que representa toda a pujança dos vestidos das sinhás dos tempos coloniais.

Boi Bumbá:
O grande astro do festival. Sua participação contagia o povo que espera o ano inteiro para vê-lo. Quem dá vida ao animal de pano é o “tripa do boi”, que brinca embaixo dele, realizando suas evoluções coreográficas.

Apresentador:
O maestro que rege toda a ópera cabocla. Responsável em explicar cada momento da apresentação e conduzir a galera durante o espetáculo, ele conduz o espetáculo de sons, cores e alegria.

Levantador de Toadas:
É quem canta as toadas durante as apresentações. Responsável por mostrar a harmonia do bumbá com a galera, o levantador conduz o espetáculo musical da ópera cabocla.